
De mim não falo mais: não quero nada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.
Nem de existir,que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver,que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.
Por mais justiça ... -Ai quantos que eram novos
em vâo a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusâo dos povos!
Não há verdade: O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais, todos mentiram.
Jorge de Sena [1919-1978]
No dia do aniversário do seu nascimento.
Fotografia - TINTA AZUL. 19.04.08
Poema denso, duro, como a vida mesma.
ResponderEliminarBonita fotografia
:))
Besos
parabéns p'la homenagem... não se fala muito de Jorge de Sena!
ResponderEliminara fotografia é lida! adoro céus...
este poema é terrível! mas tristemente real em tantos aspectos... logo eu que tendo em ser tão naif... mas reconheço que a vida, hoje está agreste e as pessoas (muitas) e os valores ... também ...
boa semana
um sorriso :)
mariam
Amiga!
ResponderEliminarBoa escolha! Este espaço tem muito boas combinações.
Imagens, músicas, prosa e poesia tudo combina...
Abraços! António
Voltei. Non deixan de sorprenderme os blogs das mulheres portuguesas, sempre cheos de poética beleza.
ResponderEliminarLendo os poemas de Jorge de Sousa aprendín fermosas palabras portuguesas, por exemplo, pirilampo, mamilo, lapela, beija-flor, e unha que me fai rir: comichão.
Voltei para seguir a sorprenderme da luz que teñen as maças deste quintal.
A vizinha da outra beira do rio.
Vizinha da outra beira do rio,
ResponderEliminaré um prazer receber visitas tão agradáveis.
Volta sempre.Para aprender mais palavras. E já agora, ensina-me também.
E beijos para a vizinha e todos os vizinhos habituais
Duarte
mariam
antónio.
:)