02/12/07

BRANCO PRETO BRANCO

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Acabei de chegar do Auditório da Biblioteca Almeida Garrett. Fui ver a peça BRANCO PRETO BRANCO pela Oficina de Teatro do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira. Texto construído a partir de depoimentos dos reclusos e por eles [bem] interpretada.
Dura. Triste. A Realidade. Assim foi apresentada. Assim é.
Emocionei-me. Notável o trabalho das pessoas que, ainda, acreditam nos homens. Por isso os tratam como tal.

Fotografias - 1. e 2.estação metro PQM; 3. estátuas - Jardins Palácio Cristal. A caminho do Teatro.1.12.07.

4 comentários:

  1. achei intererssante
    aqui no Brasil, mais especificamente na minha cidade, foi divulgado um projeto de cunho cultural, onde o teatro se faz presente para inserir os reclusos prisionais (aqui os chamamos de reeducandos) para mostrarem sua realidade por meio da arte.
    abraço grande

    --
    linda foto do perfil, é seu esposo e filhota?

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  2. Edna,
    Na foto do perfil, sou eu com 6 anos de idade e o meu Pai. Mesmo quem conhece a minha filha, pergunta se na foto é ela quando era mais pequenina. :))
    Abraço

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  3. Do trabalho dos homens e mulheres do teatro, aqui em Portugal, acho que é mesmo preciso acreditar muito nos outros! Vida difícil, não é?
    O meu filho e a namorada foram ao teatro... Será que os encontraste?
    Não o reconhecias, certamente.
    Mas fiquei contente por terem dito "vamos ao teatro"!...
    Eu fiquei a corrigir testes e mais tenho para corrigir hoje. Foi pena.
    Quanto à foto, és mesmo tu... e o teu pai, claro.
    Um bj

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  4. Eu não acredito nem deixo de acreditar nos homens. Creio neles quando confirmo a verdade no que proferem, desacredito quando na mesma vislumbro a mentira.
    Conheço é muito bem a natureza humana.
    Não acredito no papel regenador das penas de prisão, com ou sem teatros. A pena de prisão por delitos comuns é o troco dado pela sociedade ao criminoso, quase sempre escasso em relação ao mal causado.
    A prisão serve para punir.
    E se servir para isso já serve muito e em muito.
    Quem fere com arma alguém para roubar - ou faz pior - não merece "papéis nem peças". Merece o castigo sem apelo nem agravo. Nem mais nem menos.
    Irritam-me solenemente essas tão politicamente correctas iniciativas. Tão bonitas, tão ingénuas, tão inuteis e tão perigosas. Sim perigosas por iludem os factos sob o manto da penazinha.
    Em vez de encenações teatrais que os ponham a limpar matas e valetas, a arranjar estradas e caminhos..e já agora ensinem-nos a ler se não souberem e for possível.
    Fazer como eu digo não é destratar os homens, bem pelo contrário, é dar-lhes a dimensão exacta e ilustrada da sua própria desumanidade. Para ver se percebem.

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