12/01/08

FALA PELOS COTOVELOS. O SILÊNCIO.

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Há momentos em que o silêncio fala pelos cotovelos. E pesa. Excessivamente. Vergam-se os corpos. O ar é atravessado por olhares paralelos e perpendiculares. Convergentes e divergentes. Todos mudos. Nos esgares dos rostos subentende-se uma enorme vontade de partir a louça e, no entanto, não se ousa, sequer, quebrar o silêncio. Os corpos torcem-se e contorcem-se. Flexíveis colunas vertebrais à prova de sismos de elevada intensidade. E o silêncio pesa. Pesa e constrange. E fala. Fala pelo cotovelos.

Imagem - Texto sobre fotografia. Tinta Azul.12.01.08

5 comentários:

mdsol disse...

é suposto não se ver além do texto?
faz sentido...
mas pode ser erro do meu pc...

Anónimo disse...

Minha querida, no meu PC dá para se ver o texto e além do texto.
[E... como te compreendo!...]

Será que quem corre por gosto também cansa, quando o silêncio fala pelos cotovelos?

Acho que te entendi, mas corrige-me, se me enganei.

Bj solidário

Tinta Azul disse...

O que acho é que quem corre por gosto também se cansa mas não se importa.
O que me cansa verdadeiramente e me importa são problemas de coluna vertebral.
Beijos

devaneiosaovento disse...

Gostei muito
fez-me lembrar de um antigo - mas valioso - pensamento onde relata sobre a veracidade do silêncio:
" o silêncio fala mais que mil palavras " e o peso desse sentimento é indescrítivel,

abraços,bom domingo para vc.

isabel mendes ferreira disse...

e os cotovelos formam ângulos redondos.por vezes...