02/04/08

PASSAR A LIMPO

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Do rascunho, a lápis, da escrita dos dias
a limpo, a tinta, para a memória,
a cor, o som, o brilho, a história,
de palavras transparentes e macias.


Imagem - Fotografia. TINTA AZUL.28.03.08

5 comentários:

Pulsante disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pulsante disse...

No entanto, essa mesma memória, manual de sabedoria de cada um – pessoal e intransmissível - que um dia se escapará para o espaço sideral, expelida pela brisa do último suspiro, terá que ser composta, em justa e acertada densidade, pela resultante mistura das palavras limpas e macias com as outras, que apesar de sujas e rudes, nos vibraram em certos dias, feitos por inteiro de uma longa e húmida manhã de nevoeiro, o tímpano da alma.
Não renegar nada. Não esquecer nada. Nem o borrão, nem o grito e nem a tragédia.
Que se parta com as penas devidas pelos erros cometidos. Que se parta com perdões recusados a ofensas sofridas. Não se pode é partir esquecendo o esquecido.
À partida definitiva é apropriada a bagagem completa.

GP disse...

Não sei onde foi tirada esta fotografia mas gostei muito dela. Também gostei muito do almoço de hoje. Estar com as pessoas com quem estive é sempre maravilhoso... mesmo que o almoço fosse uma tosta mista...

beijinho

Tinta Azul disse...

gp
Nem eu te sei dizer exactamente onde é. No Alentejo não muito longe do Pulo do Lobo. Do almoço de hoje, claro que também gostei muito.
Beijo

Manuel Veiga disse...

palavras macias. sem dúvida...