19/12/10

SOLIDÃO

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Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!

Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.

És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sentes...
Que plenitude de solidão, mar solitário!

Juan Ramón Jiménez


- G Mahler/U Caine
Urlicht/Primal Light


Fotografia - Tinta Azul. 19.08.09

2 comentários:

Manuel Veiga disse...

belíssimo poema. de um poeta de eleição...

beijo

GP disse...

Um Bom Natal para todos.

um beijo de saudade