Boa viagem! Mas lembre-se que o nosso Mundo é bem pequenininho: um zás-trás do pensamento...
PÊNDULOS by Ramiro Conceição
Daquela vez, tudo não passara duma piada de mau gosto, mal contada, e riu-se muito, porque os dentes postiços eram ironias: não se sabia do humor como questão de estar feliz; era o tempo de caricaturas domesticadas, sem galhardia.
Treinar a língua aquém da boca é o dom de criar uma invenção (não tardia!) dos pêndulos maduros da delicadeza que rebentarão quando da arrebentação, porque está escrito: tudo tem tempo devido!
Daquela vez, ela tecera sonhos: ele sequer compreendeu. Foi um sol de desventuras, mas não, por culpa deles: foi que se viveu (e vive-se) coletivamente nocivos chistes.
Daquela vez, ele inventara palavras: ela sequer ouvia. Era um solilóquio trágico, mas não, por culpa deles: era que éramos (e somos!) bilhões de átomos tristes.
Daquela vez, o artista tecia um cântico ao Sul da América, do Mundo, quando constatou estarrecido: vinte e cinco gerações degeneradas, mas, no covil dos vampiros, riu-se muito
10 comentários:
Ai isto dos fusos horários, que tanto baralham:))
Boa viagem!
…e assim, entre mim e o meu sol…tanto e tanto mar.
Já do lado de lá do mar, desejo que escreva outra quadra quando regressar para o lado de cá...
buen viaje
saluditos
O sol daí lança-se ao mar, flutuando até aqui
num disfarce de luar.
Traz-me o eco de duas meninas contentes
de tanto palmilhar :)
"tanto mar... tanto mar..."
muito bonito.
beijo
Que tenhas um bom regresso, após um bela viagem.
Agora estou no sul com este Atlântico que nos continua a unir.
U beijo.
Beautiful pictures... wonderful music.... I enjoy returning to your site
Boa viagem!
Mas lembre-se
que o nosso Mundo
é bem pequenininho:
um zás-trás do pensamento...
PÊNDULOS
by Ramiro Conceição
Daquela vez,
tudo não passara duma piada
de mau gosto, mal contada, e riu-se muito,
porque os dentes postiços eram ironias:
não se sabia do humor
como questão de estar feliz;
era o tempo
de caricaturas domesticadas,
sem galhardia.
Treinar a língua aquém da boca é o dom
de criar uma invenção (não tardia!)
dos pêndulos maduros da delicadeza
que rebentarão quando da arrebentação,
porque está escrito: tudo tem tempo devido!
Daquela vez,
ela tecera sonhos:
ele sequer compreendeu.
Foi um sol de desventuras,
mas não, por culpa deles:
foi que se viveu (e vive-se)
coletivamente nocivos chistes.
Daquela vez,
ele inventara palavras:
ela sequer ouvia.
Era um solilóquio trágico,
mas não, por culpa deles:
era que éramos (e somos!)
bilhões de átomos tristes.
Daquela vez,
o artista tecia
um cântico ao Sul
da América, do Mundo,
quando constatou estarrecido:
vinte e cinco gerações degeneradas,
mas, no covil dos vampiros, riu-se muito
Pois diz-me das tuas aventuras entre o ir e o voltar... quando voltares :)))
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