30/06/07

PASSOS EM CHÃO APARENTEMENTE FRÁGIL

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Amanhã é o 1º dia da Presidência portuguesa da UE. Assinala-se com um concerto musical na Casa da Música às 18.15. Bom augúrio, digo eu, porque gosto muito de música e me afeiçoei à Casa da Música.
Curiosamente, esta fotografia foi tirada na Casa, há dois dias. Um chão que nos faz sentir muito pouco seguros. Se olharmos para baixo, parece que vai desabar e de nós nada se vai aproveitar, com excepção da alma, se ela por acaso existir independentemente do corpo. Mas, mesmo olhando para baixo, eu e o Franck [a Isabel e o Zé António, que não se vêem aqui] demos passos, a princípio receosos, mas depois, seguros, sem hesitação, pois a insegurança estava apenas dentro de nós, não no chão. Era mera ilusão.
Assim seja com a Presidência Portuguesa, mesmo em chão aparentemente pouco seguro que se dêem passos importantes e precisos, sem hesitação. Assim seja com a UE. Que a Europa seja mesmo um espaço de solidariedade e coesão e não só de competividade pura e dura, onde só haverá lugar para alguns, e que seja capaz de entender o mundo onde todos os dias milhares morrem de fome e guerra. Se nada se fizer por este mundo, mais dia menos dia todos desabaremos sem que se nos aproveite sequer a alma.

Fotografia - TINTA AZUL. 2007

BRINCADEIRAS COM OS DENTES DO PENTE

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Imagem - TINTA AZUL. 2007.

CASA DA MÚSICA - PORTO

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Mais dois olhares do interior da Casa da Música.

Fotografias um quase nada, manipuladas. TINTA AZUL. 2007.

29/06/07

DISPARATES

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De manhã parti um dente
corri, aflita, para o dentista
afinal era do meu pente
fui logo ao oftalmologista!
[ou ao Psica Na Lista?]


Disparate inspirado no anúncio do Instituto Óptico, no qual um miúdo vai à loja para comprar preservativos e uma rapariga vai lá para almoçar...saem ambos com um par de óculos!



Imagem - TINTA AZUL. 2007

28/06/07

INSIDE [CASA DA MÚSICA-PORTO]

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Inside Casa da Música. Mesmo conhecendo a Casa, deparamo-nos sempre com surpresas. Amanhã há mais fotos, umas reais outras nem por isso, embora da Casa, com o meu olhar pelo meio, mais ou menos colorido, mais ou menos desfocado, enfim...o olhar de quem não gosta apenas de ver, de quem gosta mesmo de olhar...


Fotografias - TINTA AZUL. 2007

27/06/07

FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA DE ESPINHO

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Está quase a começar o Festival Internacional de Música de Espinho - FIME. Como sempre com excelente programação que pode ser vista aqui, com mais pormenor.


Desde já parabéns à organização pela 33ª Edição.

26/06/07

TRIENAL DE ARQUITECTURA DE LISBOA

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A entrada da Trienal no Pavilhão de Portugal [Expo 98].
Amanhã mostro mais, pois acabei de chegar e estou mortinha de cansaço.














Foi por causa de um engano num horário que visitei esta exposição. É bem verdade que às vezes há males que vêm por bem. Este foi um deles. Em vez de ter reunião às 14.30 h como me tinham dito, afinal foi às 16.30h. Assim, em vez de sair em Sta Apolónia, saí na Gare do Oriente. Gosto daquele espaço onde em 98 foi a Expo, evento que lembro com saudades boas. Almocei por lá e fui dar uma volta quando dei de caras com a Trienal de Arquitectura de Lisboa e lá fui eu.
Para quem gosta de arquitectura vale a pena visitar.

Fotografia - Tinta Azul.2007

25/06/07

RESTOS DE FESTA

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Aqui estão os restos mortais dos foguetes da festa de S. João da minha aldeia.
Definitivamente é coisa que não aprecio. É só barulho e mais nada. Não entendo, sequer, como ainda se faz tanto estrondo de foguetes por todo o lado, seja aldeia ou cidade.
Mas há que reconhecer que para os miúdos pequenos, nas aldeias, é uma aventura ir apanhar as canas, pelos montes, trazendo o maior número possível delas.
O meu sobrinho Francisco não descansou enquanto não convenceu um adulto a ir com ele apanhar as canas pelo monte acima. Encontrou um que, apesar dos seus 50 anos, felizmente, conserva muitas coisas de criança. Lá foram ambos. Chegaram, depois, com um enorme molho de canas. O Francisco estava feliz da vida, e eu também, porque compreendia aquela alegria, pois quando era pequena também tinha uma vontade enorme de fazer o mesmo, mas limitava-me a um espaço muito restrito de pesquisa, era rapariga...e aquilo era coisa de rapazes.

Fotografia - Tinta Azul. Junho 07.

PARA A GRAÇA

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Canção da América

Amigo é coisa pra se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção
Que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver seu amigo partir
Mas quem ficou
No pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou
No pensamento ficou
Com a lembrança que o outro trancou

Amigo é coisa pra se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a
Distância digam não
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

Pois seja o que vier
Venha o que vier
Qualquer dia amigo eu volto
Pra te encontrar
Qualquer dia amigo
A gente vai se encontrar


As flores trouxe da minha aldeia para oferecer à Graça, sem saber da surpresa que ela tinha para mim no Sarrabiscos.
O poema roubei-o ao Milton Nascimento, que o escreveu e musicou de uma forma belíssima, depois de ver a surpresa que a Graça tinha para mim.

Fotografia - TINTA AZUL. Junho 07.

24/06/07

ENERGIAS ALTERNATIVAS...E MEMÓRIAS

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Gastas. Serão depositadas no Pilhão.
Amanhã [que já é hoje] vou pôr-me ao Sol e ao Vento, aproveitando a energia solar e eólica.
A meio caminho entre a margem sul do Douro e a Serra de Montemuro, haverá concerteza Sol e Vento suficientes, energias alternativas para me ajudarem a recarregar as baterias.
E lá festejar-se-á, também, o S. João, com algumas modernices talvez, mas com certeza com bandas de música também.
Quando eu era pequena, no dia de S. João, logo pela manhãzinha, acordava ao som da banda que parava à porta lá de casa para tocar uma música em honra do meu Pai. E eu ficava contente por isso.

Imagem - Tinta Azul. Junho 07.

23/06/07

S. JOÃO

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Deixo aqui três representações, pintadas, de S. João Baptista.
A de Leonardo da Vinci, Bosch e de Caravaggio, respectivamente, de cima para baixo.

E deixo, também, o desejo de uma boa noite de S. João para quem a festeja e para quem, também, não.

MAIS BEIJOS...PINTURA E ESCULTURA...MAS BEIJOS

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O primeiro beijo de Aleksey Sokolov























O Beijo de Gustav Klimt

























O Beijo de Constantin Brancusi

A PROPÓSITO DE BEIJOS

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca,
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto,
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas, inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído,
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.


Alexandre O'Neill [1924-1986]


Lembrei-me deste poema, do qual muito gosto, [que já transcrevi aqui a 19 de Outubro de 2006] a propósito do texto do Elson, no seu blog Elson Teixeira Cardoso, Variações sobre o beijo escrito a partir da crónica de Aquele beijo de Fabrício Carpinejar.



Gosto de beijos.
Gosto de pessoas que dizem palavras que me beijam.
Gosto, ainda mais, quando me beijam e me dizem palavras que me beijam, em simultâneo.

Para saber mais sobre a vida e obra de A O'Neill clicar
aqui.


No próximo post serei recorrente e teremos o Beijo de G Klimt e o Beijo de C. Brancusi, dos quais também gosto muito.

22/06/07

OLHAR ATRAVÉS DA JANELA [de dentro para fora] DO METRO

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Para Um Ar de... do blog Nem tudo o que sobe a propósito da sua fotografia desfocada...


Fotografia - Tinta Azul.2007

ENTARDECER NO FURADOURO

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Vista para leste e vista para o mar.
Dos terraços da casa da Marília, que nos recebeu maravilhosamente.
Obrigada Marília. Acho que todas aceitamos o convite para repetir.

Fotografias. Tinta Azul. 2007.

AINDA O FIM DA TARDE E NOITE NO FURADOURO

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Ficam as sardinhas, o que restou da salada de pimentos e as cerejas. As entradas estão no Sarrabiscos, assim como as sobremesas. As bebidas ninguém registou, mas asseguro que era tudo bom. Começamos com um branco verde de Monção, depois um tinto maduro do Douro.
Antes um belo banho de piscina aquecida [bem aquecida como eu gosto], depois a sardinhada e o melhor de tudo: o humor, que deu origem a muitas e muitas gargalhadas e fez com que a boa [muito boa] disposição reinasse sem qualquer beliscão de coisa nenhuma. A rainha da festa foi, sem dúvida, a Rosa, uma mulher genuina e generosa, a quem fica bem falar à moda do Porto.
Isto é novidade, pois nunca esta equipa de trabalho esteve assim tão descontraída durante tantas horas. Não foi difícil chegar à conclusão de que agora é que estamos no bom caminho e que é muito saudável poder fruir do fim de tarde ao ar livre, ao invés de passar os dias inteiros, as semanas inteiras, os meses, anos até, a trabalhar de manhã à noite, sem ter também tudo quanto faz parte de uma vida mais saudável e equilibrada. Foi mesmo muito bom! Este ano não atravessei a Primavera de olhos fechados. Estou mais feliz por isso.

Fotografias. Tinta Azul. 2007.

21/06/07

FURADOURO - REUNIÃO DE TRABALHO

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Como hoje não tenho tempo para contar a história prometida no post anterior, ficam apenas duas imagens do centro do Furadouro. A nossa chegada. Começamos aqui.
Quem tiver curiosidade pode ir espreitar ao sarrabiscos, pois lá também se contam coisas deste dia em que houve reunião de trabalho no exterior, ao fim da tarde.



Fotografias - Tinta Azul.2007

20/06/07

DE HOJE QUE JÁ É AMANHÃ

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Do dia de hoje [19 de Junho] só falarei amanhã [dia 20] que afinal já é hoje.
Foi um dia e pêras!


Fotografia - Tinta Azul 2007.

18/06/07

BORDADOS E CROCHETS

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Por mais que tivessem tentado, eu nunca fui grande coisa a fazer crochet nem a bordar. Não tinha paciência. Era mais para coisas ditas de rapaz, com excepção para as malhas de lã, não tendo precisado que ninguém me ensinasse. Aprendi observando a minha Mãe que tinha, e ainda tem, apesar da idade, uma mestria singular no domínio da confecção de casacos, camisolas e outras tantas coisas como por exemplo o crochet. Inventava pontos novos, criava.
A minha sogra, por sua vez, não tinha assim tanto talento para as malhas, embora fizesse montes de coisas [que não vestuário], mas a bordar era extraordinária, assim como na pintura e outras artes.
Não é que use muito o que tenho, mas eu que não ligava coisa nenhuma a estas coisas de bordados e crochets em panos de linho, agora gosto de ter os bordados da minha querida Sogra e os crochets da minha querida Mãe.
Em homenagem a cada uma delas, aqui ficam duas pequeníssimas amostras do muito que fizeram para os filhos, e que há-de transitar para os netos, que agora também não ligam nada, mas que um dia, daqui a muito tempo, hão-de gostar de ter coisas feitas pelas suas avós.

PARA A CRISTINA

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Para a minha amiga Cristina.
Porque hoje é o dia do aniversário do seu nascimento.
Um grande ramo de flores selvagens, colhidas em Montedor.

Fotografia. Tinta Azul. 2007.

17/06/07

GONZALO TORRENTE BALLESTER

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Gonzalo Torrente Ballester nasceu em 1910. Estudou Filosofia e Direito e foi professor de Literatura.
A notícia da sua morte surpreendeu-nos em Janeiro de 1999.
Autor de uma vasta obra de qualidade inquestionável, a que vários prémios bem significativos no panorama literário foram atribuídos, a Editorial Caminho orgulha-se de ter publicado alguns dos seus títulos mais notáveis: «Fragmentos de Apocalipse», «Crónica do Rei Pasmado», «A Morte do Decano», «O Sangue, o Vento, a Guerra e Outras Histórias», «A Bela Adormecida Vai à Escola», «Doménica». «Off-side» é o primeiro livro que esta editora publica, depois que fomos inapelavelmente privados da sua presença.
Editorial Caminho

Ao reorganizar os livros na nova estante, parei para olhar, bem, os livros de Ballester.
Quanto prazer já me proporcionou a leitura dos seus livros, estando, por isso, no rol dos meus escritores preferidos.
Nesta breve composição, estão, apenas, alguns dos seus livros, de entre os muitos que escreveu. Para saber mais de G T Ballester ver aqui.

Imagem - Tinta Azul. 2007.

CANSAÇO

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Mais de duas horas e meia para lá, outro tanto para cá.
Já não sabemos onde, nem como, pôr os pés.
Já não apetece ler, nem ouvir música, nem fazer nada.
Então, distraímo-nos a registar pé para aqui, pés para ali, pé para acolá...e não tarda muito chegamos a casa e estendemo-nos ao comprido, como se tivessemos chegado ao Paraíso.
























Fotografias - Tinta Azul. 12.06.07

16/06/07

S. JOÃO DO PORTO

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Isto é S. João que se apresente?
Parece um Jonyzito com o mémé, talvez da Pin e Pon.
Sem mais comentários...

Fotografia - Tinta Azul. Junho 07.

TORRE DO EDIFÍCIO DA CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO

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Detalhe do edifício da Câmara Municipal do Porto.
Já que a Avenida dos Aliados se estragou, podemos sempre olhar para o ar e ver as coisas que, ainda, não estragaram.

Fotografia - Tinta Azul. Junho 2007.

UM CAMINHO DE CAMINHA [CHÃOS]

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Faz hoje uma semana, caminhando pelas ruas de Caminha, olhei para o chão e vi tantas cores entre as pedras. Trouxe um pedaço da rua comigo. Dei mais cor às cores.
Aqui está como me apeteceu ver, e lembrar, aquela rua, naquele dia, quase à noite.

Fotografia - Tinta Azul. 2007.

AS ROCHAS

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Entre o monte[dor] e o mar, as rochas, onde me sento e descanso contemplando tudo em meu redor, no silêncio quebrado pelo rebentar das ondas.

Fotografias. Tinta Azul. 2007.

10/06/07

O FORTE QUE DÁ O NOME À PRAIA

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Fotografias - Tinta Azul. 2007.

A PRAIA

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A praia do Forte, Carreço. Ligeiramente a norte de Montedor.
A minha praia, por muitas razões.
A praia adoptada, porque nasci na montanha.
A praia de mais de metade da minha vida.
Ainda que, agora, a água me seja fria. É definitivamente, a minha praia, a nossa praia.

Fotografias - Tinta Azul. 2007