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Plateia
Não sei quantos seremos, mas que importa?!
um só que fosse e já valia a pena.
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!
Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.
E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.
Miguel Torga
in Câmara Ardente - 1962
- F Liszt
Estudo Transcendental nº5
Fogos Fátuos
Piano - Boris Berezovsky
Fotografia - Tinta Azul. 9.12.10
Música - YouTube
09/03/11
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2 comentários:
tao actual, não é?
adorei (re)ler. aqui...
beijos
Olhar apurado tens tu.
Quantos seremos ?
Depende da perspectiva.
Um beijo.
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