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Razão, irmã do Amor e da Justiça,
Mais uma vez escuta a minha prece.
É a voz dum coração que te apetece,
Duma alma livre só a ti submissa.
Por ti é que a poeira movediça
De astros, sóis e mundos permanece;
E é por ti que a virtude prevalece,
E a flor do heroísmo medra e viça.
Por ti, na arena trágica, as nações
buscam a liberdade entre clarões;
e os que olham o futuro e cismam, mudos,
Por ti podem sofrer e não se abatem,
Mãe de filhos robustos que combatem
Tendo o teu nome escrito em seus escudos!
Antero de Quental
in Sonetos
- Fazil Say
Kara Toprak [Terra Negra]
02/06/12
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4 comentários:
Grande Soneto, Regina !
A imagem é o buraco onde nos encontramos ?
Um beijo.
Poema de Antero que poderia ter sido escrito nos tempos que atravessamos...
Um poeta-filósofo de grande dimensão humana que, por isso mesmo, viveu e morreu atormentado! Alma grande!
Bom domingo!
Que pena teres abandonado o blogue, Regina !
Talvez o Fb te dê menos trabalho, não é ?
Ms, NÃO É A MESMA COISA !
Blogue tem conteúdo e ALMA !
Um beijo.
A arte de fazer sonetos. Gosto.
Tinha saudades.
Besos
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