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29/04/07
28/04/07
27/04/07
DISTORÇÕES
Algures na A7 e A3. Entre Riba de Ave e o Porto.
Através da janela do carro em andamento, a velocidade razoável.
Imagens - Fotografias com filtros. Tinta Azul.2007.
25/04/07
ABRIL
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Todos os meses têm um dia 25. Eu prefiro o de Abril.
Todos os meses têm um dia 25. Eu prefiro o de Abril.
Logo pela manhã fui comprar um cravo vermelho.
Para depois o pôr aqui. Assim.
23/04/07
CUBOS DE PEDRA
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Serão o chão da rua, depois das mãos do calceteiro os ter alinhado. Um a um.
Serão o chão. O chão da rua por onde passo. Todos os dias. Para lá. Para cá.
22/04/07
VIANA DA MOTA
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Comemora-se hoje o nascimento de Viana da Mota [nascido em S. Tomé a 22 de Abril de 1868 e falecido em Lisboa em 1948]. Professor de Fernando Lopes-Graça e aluno de Franz Liszt. Pianista virtuoso, pedagogo, compositor, ensaísta e filósofo.
José Viana da Mota [ou Vianna da Motta, conforme a ortografia vigente na sua época] marcou o curso da história da música em Portugal em dois aspectos fundamentais. Por um lado, formou várias gerações de pianistas portugueses, fundando uma escola interpretativa que se prolonga até aos nossos dias. Por outro lado, foi um dos primeiros compositores empenhados no “reaportuguesamiento” da música erudita, na afortunada expressão de Afonso Lopes Vieira. Utilizou a música tradicional e a poesia culta portuguesas nas suas obras, fazendo parte da geração que transformou Camões em símbolo da nação. A abertura Inês de Castro, baseada na versão narrada no poema épico Os Lusíadas é exemplo desta exaltação camoniana, assim como a Sinfonia à Pátria, a sua obra mais conhecida, cujos andamentos são precedidos por epígrafes retirados do mesmo poema. Para Viana da Mota, a “expressão para o sentimento da nação” era o objectivo mais alto ao qual devia aspirar a composição. Nascido em São Tomé em 1868, veio falecer em Lisboa em 1948. A sua dilatada carreira esteve repleta de sucessos, mas também sofreu penalidades pessoais e profissionais. Estas últimas, porém, nunca alteraram a sua imagem de artista “sóbrio, ponderado, inteligente, calmo, clássico”, nas palavras do compositor, seu discípulo, Fernando Lopes-Graça.
Comemora-se hoje o nascimento de Viana da Mota [nascido em S. Tomé a 22 de Abril de 1868 e falecido em Lisboa em 1948]. Professor de Fernando Lopes-Graça e aluno de Franz Liszt. Pianista virtuoso, pedagogo, compositor, ensaísta e filósofo.
José Viana da Mota [ou Vianna da Motta, conforme a ortografia vigente na sua época] marcou o curso da história da música em Portugal em dois aspectos fundamentais. Por um lado, formou várias gerações de pianistas portugueses, fundando uma escola interpretativa que se prolonga até aos nossos dias. Por outro lado, foi um dos primeiros compositores empenhados no “reaportuguesamiento” da música erudita, na afortunada expressão de Afonso Lopes Vieira. Utilizou a música tradicional e a poesia culta portuguesas nas suas obras, fazendo parte da geração que transformou Camões em símbolo da nação. A abertura Inês de Castro, baseada na versão narrada no poema épico Os Lusíadas é exemplo desta exaltação camoniana, assim como a Sinfonia à Pátria, a sua obra mais conhecida, cujos andamentos são precedidos por epígrafes retirados do mesmo poema. Para Viana da Mota, a “expressão para o sentimento da nação” era o objectivo mais alto ao qual devia aspirar a composição. Nascido em São Tomé em 1868, veio falecer em Lisboa em 1948. A sua dilatada carreira esteve repleta de sucessos, mas também sofreu penalidades pessoais e profissionais. Estas últimas, porém, nunca alteraram a sua imagem de artista “sóbrio, ponderado, inteligente, calmo, clássico”, nas palavras do compositor, seu discípulo, Fernando Lopes-Graça.
21/04/07
ESPIRAIS 1 - ALFINETE
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Para continuar a brincadeira com a minha amiga GP do Sarrabiscos, aqui está mais um objecto do qual gosto, seguindo-se o 2 e o 3.
Cópia de jóia pré-colombiana [à venda no Museu Barbier-Mueller de Arte Pré-colombina em Barcelona].
Para continuar a brincadeira com a minha amiga GP do Sarrabiscos, aqui está mais um objecto do qual gosto, seguindo-se o 2 e o 3.
Cópia de jóia pré-colombiana [à venda no Museu Barbier-Mueller de Arte Pré-colombina em Barcelona].
UM DESENHO REENCONTRADO, RECORTADO E COLADO
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Um desenho que fiz há muitos anos e que agora recortei e colei.
Um desenho que fiz há muitos anos e que agora recortei e colei.
Embora não saiba nem desenhar nem pintar, gosto de mexer nas tintas, nos lápis, de brincar com as cores, de fazer composições no computador.
Dá-me prazer. Por isso, mesmo sem saber fazer faço.
18/04/07
SAUDADES
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Do lugar onde me encontro, neste exacto momento em que escrevo, vejo o Tejo, na outra margem o Cristo-Rei e aqui bem perto a Ponte 25 de Abril. Se eu gosto tanto de Lisboa, se só vim hoje e já vou amanhã, se estou aqui bem, porque raio estou a sentir saudades de casa?
Bem, o melhor é ir beber um copo ali às docas...
Imagem - Tinta Azul.2007.
Do lugar onde me encontro, neste exacto momento em que escrevo, vejo o Tejo, na outra margem o Cristo-Rei e aqui bem perto a Ponte 25 de Abril. Se eu gosto tanto de Lisboa, se só vim hoje e já vou amanhã, se estou aqui bem, porque raio estou a sentir saudades de casa?
Bem, o melhor é ir beber um copo ali às docas...
Imagem - Tinta Azul.2007.
REFLEXÕES SOBRE A ARTE
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A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos - vis porque são nossos e vis porque são vis.
O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são formas elementares de arte, ou antes, de produzir o mesmo efeito que ela. Mas o amor farta ou desilude. Do sono desperta-se, e, quando se dormiu, não se viveu. As drogas pagam-se com a ruína de aquele mesmo físico que se serviram para estimular. Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio. Da arte não há despertar, porque nela não dormimos, embora sonhássemos. Na arte não há tributo ou multa que paguemos por ter gozado dela.
Livro do Desassossego
Bernardo Soares
A arte livra-nos ilusoriamente da sordidez de sermos. Enquanto sentimos os males e as injúrias de Hamlet, príncipe da Dinamarca, não sentimos os nossos - vis porque são nossos e vis porque são vis.
O amor, o sono, as drogas e intoxicantes, são formas elementares de arte, ou antes, de produzir o mesmo efeito que ela. Mas o amor farta ou desilude. Do sono desperta-se, e, quando se dormiu, não se viveu. As drogas pagam-se com a ruína de aquele mesmo físico que se serviram para estimular. Mas na arte não há desilusão porque a ilusão foi admitida desde o princípio. Da arte não há despertar, porque nela não dormimos, embora sonhássemos. Na arte não há tributo ou multa que paguemos por ter gozado dela.
Livro do Desassossego
Bernardo Soares
Imagem - TINTA AZUL.2007
17/04/07
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO - O PATO
16/04/07
UMA ESCOLA COM MAR AO FUNDO
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Hoje visitei uma Escola perto do mar.
Uma Escola que não atira os alunos piores borda fora mas que, à custa de muito trabalho e perseverança, consegue dar respostas diversificadas aos alunos considerados difíceis, e, ainda, socorrer alguns náufragos, que já tinham ido borda fora de outras escolas.
Fotografia - Tinta Azul.2007
Hoje visitei uma Escola perto do mar.
Uma Escola que não atira os alunos piores borda fora mas que, à custa de muito trabalho e perseverança, consegue dar respostas diversificadas aos alunos considerados difíceis, e, ainda, socorrer alguns náufragos, que já tinham ido borda fora de outras escolas.
Gostei de ter estado nesta Escola que fica perto do mar, e de falar com as raparigas e rapazes da fotografia, a maioria com os olhos da cor de mar.
Frequentam um curso de educação e formação de Jardineiro de nível 1, ou seja, ainda não concluiram o 6º ano de escolaridade. A maior parte deles pretende continuar a estudar. Dois mudar para um curso de informática. Nenhum falou em desistir. Pode ser que assim seja. Oxalá.
Só com lideranças fortes nas escolas se consegue realizar este trabalho persistente, tendo equipas de professores muito profissionais que conseguem ajudar a refazer o percurso de vida de muitos destes jovens, porque muitos deles são maus e difíceis, porque má e difícil é a sua própria vida.
Só com lideranças fortes nas escolas se consegue realizar este trabalho persistente, tendo equipas de professores muito profissionais que conseguem ajudar a refazer o percurso de vida de muitos destes jovens, porque muitos deles são maus e difíceis, porque má e difícil é a sua própria vida.
Fotografia - Tinta Azul.2007
15/04/07
VACA ET
GRIGORY SOKOLOV - UM PIANISTA EXCEPCIONAL
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O concerto de Grigory Sokolov, ontem na Casa da Música, não defraudou, de modo nenhum, as altas expectativas de quem já o tinha visto actuar, e assombrou quem o viu pela primeira vez. Voltou ao palco, não sei exactamente quantas vezes, tantas que foram, mas pelo menos umas 6, para, de cada vez deliciar, ainda mais ,o público que parecia não querer abandonar a sala. Bravo. Bravo.
É o melhor pianista que alguma vez vi/ouvi tocar. Considerando que não sou uma especialista em música e que o meu ouvido é normalíssimo, agarro-me às palavras proferidas durante o intervalo pelo meu amigo BC, que é maestro: Se Schubert ouvisse Sokolov tocar as suas obras, pensaria: fui eu que compus estas maravilhas?
O concerto de Grigory Sokolov, ontem na Casa da Música, não defraudou, de modo nenhum, as altas expectativas de quem já o tinha visto actuar, e assombrou quem o viu pela primeira vez. Voltou ao palco, não sei exactamente quantas vezes, tantas que foram, mas pelo menos umas 6, para, de cada vez deliciar, ainda mais ,o público que parecia não querer abandonar a sala. Bravo. Bravo.
É o melhor pianista que alguma vez vi/ouvi tocar. Considerando que não sou uma especialista em música e que o meu ouvido é normalíssimo, agarro-me às palavras proferidas durante o intervalo pelo meu amigo BC, que é maestro: Se Schubert ouvisse Sokolov tocar as suas obras, pensaria: fui eu que compus estas maravilhas?
Conhecido por apenas fazer gravações ao vivo, Sokolov é um caso raro de obsessão pelo detalhe e perfeição na interpretação. O mais jovem vencedor de sempre do Concurso Internacional de Piano Tchaikovsky transformou os seus recitais numa espécie de "Meca" para os melómanos do piano. Neles, tudo é preparado ao mínimo pormenor, desde a afinação do piano à escolha criteriosa do repertório. São igualmente famosas as suas sessões de encores onde, por vezes, oferece um sem fim de peças predilectas do grande público em interpretações de tirar a respiração. É o que também se diz dele aqui .
Para saber sobre Grigory Sokolov ver aqui .
Para saber sobre Grigory Sokolov ver aqui .
14/04/07
ESTAÇÃO DA ERMIDA - DETALHE
13/04/07
GRIGORY SOKOLOV NA CASA DA MÚSICA
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A primeira vez que ouvi este fabuloso pianista russo fiquei impressionada. Foi no Festival Internacional de Música de Espinho há 3 anos, se a memória não me engana. É genial e vai estar amanhã dia 14, às 19.30 h na Casa da Música para mais um concerto em Portugal.
A primeira vez que ouvi este fabuloso pianista russo fiquei impressionada. Foi no Festival Internacional de Música de Espinho há 3 anos, se a memória não me engana. É genial e vai estar amanhã dia 14, às 19.30 h na Casa da Música para mais um concerto em Portugal.
A não perder [se ainda houver bilhetes]. Por mim, lá estarei para me deliciar com o modo como Sokolov toca e nos toca. Só vendo e ouvindo. Um prazer enorme.
Para mais informações: Casa da Música.
12/04/07
11/04/07
10/04/07
09/04/07
AMEIXOEIRA EM FLOR NO QUINTAL DA MINHA MÃE
08/04/07
07/04/07
FLORES DE NOSSA SENHORA
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Fazem parte das minhas memórias de infância estas florzinhas brancas pequenas que, no início da Primavera, nasciam do interior das paredes de granito.
Chamavam-lhe flores de Nossa Senhora. Por serem brancas, por nascerem próximo do mês de Maio? Não sei. Sei que fazíamos ramos destas flores que brotavam, às centenas, por todo o lado.
Ontem tirei esta fotografia dando-lhe tonalidades ligeiramente diferentes da realidade, porque na minha aldeia, das pessoas que fizeram parte da minha infância, já poucas restam. Tive tantas saudades.
Ontem tirei esta fotografia dando-lhe tonalidades ligeiramente diferentes da realidade, porque na minha aldeia, das pessoas que fizeram parte da minha infância, já poucas restam. Tive tantas saudades.
Fotografia - TINTA AZUl.6.04.07
MONTES AZUIS
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Outra coisa que eu pensava, quando era pequenina, muito pequenina, é que havia montes verdes e montes azuis. Os meus eram os verdes. Mas não demorei muito a descobrir que os azuis também são verdes e os verdes também podem ser azuis. Tudo depende da distância a que se vêem.
Hoje, infelizmente, sei de muitos cor de cinza.
Outra coisa que eu pensava, quando era pequenina, muito pequenina, é que havia montes verdes e montes azuis. Os meus eram os verdes. Mas não demorei muito a descobrir que os azuis também são verdes e os verdes também podem ser azuis. Tudo depende da distância a que se vêem.
Hoje, infelizmente, sei de muitos cor de cinza.
Fotografia - Tinta Azul.2007
ESTAÇÃO DA ERMIDA - LINHA DO DOURO
os comboios deslizavam nas margens dos rios.
Não era muito mais bonito se assim fosse?
Fotografia. Tinta Azul.2007.
06/04/07
AMOR-PERFEITO
Entre o granito e o cimento.
Amor-perfeito em forma de pássaro!
Fotografia. Tinta Azul.2007
Amor-perfeito em forma de pássaro!
Fotografia. Tinta Azul.2007
05/04/07
04/04/07
27 - FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO
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O Vinte e Sete – Festival Internacional de Teatro, uma organização do Teatro de Vila Real em parceria com a Delegação Regional da Cultura do Norte, o Teatro Municipal de Bragança, a Associação Chaves Viva e a companhia Urze-Teatro, conta este ano com uma nova colaboração, da Academia de Música de Espinho. Deste modo, a terceira edição do festival realiza-se em quatro cidades: Vila Real, Bragança, Chaves e Espinho. Para além de um total de 46 espectáculos, distribuídos entre a programação principal e a complementar, o programa contempla ainda duas exposições, uma feira do livro, uma conferência e o lançamento de dois livros.
A comemoração do centenário do nascimento de Miguel Torga é a principal marca desta edição. Quatro das peças de teatro a apresentar partem ou inspiram-se na obra daquele autor: Herbário, de João Pedro Vaz, Alma Grande, do Teatro o Bando, No Rasto de Miguel Torga, da Urze-Teatro, e Bicho, da companhia Útero.
A comemoração do centenário do nascimento de Miguel Torga é a principal marca desta edição. Quatro das peças de teatro a apresentar partem ou inspiram-se na obra daquele autor: Herbário, de João Pedro Vaz, Alma Grande, do Teatro o Bando, No Rasto de Miguel Torga, da Urze-Teatro, e Bicho, da companhia Útero.
Homenageiam ainda Torga o filme de Paulo Castro, Paixão Segundo S. Martinho de Anta [uma produção do Teatro de Vila Real], a exposição do pintor Jorge Marinho, Torga – Letras e Paletas, as sessões de contos do grupo O Contador de Histórias, intituladas Bichos e Outros Contos da Montanha, e ainda uma viagem em comboio histórico de Vila Real até à Régua, que evoca Quando Torga Partiu Para o Brasil. (...)
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