31/08/08

SAMBÓDROMO

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Sambódromo. Não o imaginava como realmente é. Sem o colorido das fantasias das centenas de participantes nos desfiles, do Samba cantado e dançado, da grande festa do Carnaval, perde a graça. As bancadas de cimento cinzento, lembram um corpo despido da carne colorida que lhe dá a vida, mostrando um esqueleto quase desolador para quem só o viu pela televisão cheio de gente animada. Ainda que tenha a autoria de Óscar Niemeyer, não me seduziu enquanto obra de arquitectura [ao contrário do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, do qual falarei noutro post]. Tiram-lhe a monotonia, o edifício em frente, onde a cor sobressai ao cinza do cimento, e as casas em cascata da favela que se vê ao longe. Concerteza ficará bem diferente, quando no auge do uso para o qual foi concebido. e talvez, também, não o tenha visto do melhor ângulo.
Perto há uma loja onde se vendem recuerdos do Rio e onde se expõe uma panóplia de trajes carnavalescos. Enquanto passo os olhos que se prendem à exuberância das cores e dos feitios, o rapaz da loja diz-me: Ó moça experimenta, vai, só vestindo dá pra sentir o clima. Experimenta mesmo pra sentir. Agradeci e não experimentei, iria demorar e havia hora marcada para estar no autocarro. Já fora da loja, havia várias pessoas divertidíssimas dentro dos trajes de carnaval vestidos na loja, a posar para fotografias.
Não imaginava que se pudesse experimentar o que se quisesse entre todos os trajes expostos. À medida que o tempo foi passando fui constatando que no Rio pode-se muita coisa, sem frescura. Uma flexibilidade no modo de estar que me agradou.
No dia seguinte, à noite, já na companhia dos primos, haveria de dançar [tentar, evidentemente] o samba, mesmo sem traje adequado, num restaurante fora do comum, na Lapa, um dos lugares in da noite carioca.

Imagens - Fotografias. Tinta Azul. 14.08.08

2 comentários:

Juani disse...

lo que demuestra que un mismo lugar puede verse de diferente forma segun el momento
saluditos

Duarte disse...

Que bonito!!!