13/12/07

GNEISSE

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Habituei-me, enquanto espero, a olhar em meu redor e a pensar.
Hoje de manhã olhei para baixo e vi que todos passavam cheios de pressa. Pensei como é bom ter conseguido aprender a esperar, sem ansiedade, tanto faz que seja por uma coisa prosaica como é esperar pelo metro como por outra coisa de maior relevância e interesse. O tempo de espera, de qualquer uma, não é perdido. Perdido é se não fizermos nada com ele. Olhar e pensar não é perder tempo. Há sempre tanto para ver e tanto para pensar.
Continuo a olhar para baixo.Vejo uma carrinha com letras vermelhas e leio a palavra Gneisse. Sei que aquela carrinha de caixa fechada é de uma empresa que fabrica cozinhas. Conheço uma das lojas. São cozinhas bonitas. Continuo a pensar. Mas, Gneisse [ou gnaisse] é o nome que alguém deu a uma rocha de origem metamórfica. Uma rocha dura com quartzo e feldspato, das mais antigas da Terra.
Fui interrompida pela voz feminina, que conheço de cor, anunciando que dentro de breves momentos chegaria ao cais - dois - [ há espaço entre o cais e o dois] o metro com destino à estação Estádio do Dragão. Entro no Metro. Hoje é dia de ir aquela Escola da qual falei anteontem. Fui. Gostei de ter ido.

Fotografias - Estação de Metro PQM. TINTA AZUL. 13.12.07

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