FALAVAM-LHE DE AMOR
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque de fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
Natália Correia
in Poesia Completa - O Sol nas Noites
e o Luar nos Dias
Ed. D. Quixote, 1999
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque de fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
Natália Correia
in Poesia Completa - O Sol nas Noites
e o Luar nos Dias
Ed. D. Quixote, 1999
Fotografia - TINTA AZUL. 17.12.08 [Exposição de presépios criados por crianças de Escolas Básicas e Jardins de Infância da Região Norte].
1 comentário:
Um poema bonito como o Natal que eu te desejo.
Beijinho
Enviar um comentário