Cantam cantos antigos que o Mal é ardiloso e que, sedutor, ilude a platéia que, por ter os caninos escuros com sangue de assassinatos cometidos, não percebe por medo a insensatez.
Cantam sonhos longínquos que o Mal é a raiz da culpa que impede esta monada, desde a tenra idade, à iluminação, à Humanidade, ao cuidado desta Terra única. Cantam que tudo em nós é fruto duma moral hipócrita e repressora e que tudo sempre termina num medíocre e terrível engano colossal de templos e religiões: uma manada de anões primatas, bambos, prontos pra assassinar quem ouse à alegria de duvidar.
Cantam poemas antigos que a nossa civilização judaico-cristã-muçulmana, por ser estupidamente desumana, possui a face dum quadro de Picasso: o lado esquerdo em cisalhamento ao direito tal qual o desespero em gritos dos ciprestes, destorcidos, das telas de Van Gogh…
Cabe aqui uma pergunta. Fomos, somos e seremos somente caretas, caricaturas e canalhas dum bando de micos amestrados?
Cabe aqui uma resposta. Acreditem!, por herança da evolução, somos um milagre repleto de coragem. Mas coragem pra quê?! Para cantar e permitir a continuidade da Vida nesta Casa bendita.
Portanto canto e declaro claramente que somos parte das Consciências do Futuro, do Passado e do Presente em processos de passagem; canto e declaro claramente que a diferença entre um Bem-te-vi e Einstein é simplesmente a maneira diferente do bater de asas.
O Amor é o senhor da Terra! E não há diferença qualquer entre a mulher, que nos braços seus filhos queridos abraça, e o Sol, que com nove braços seus filhos queridos entrelaça (Plutão não é um bastardo!).
Dizem que sou de aquário pois ao sonhar às vezes rio, a crer que do nosso aguadeiro florescerá a sinfonia do Amor que será cantada e amada em estelares línguas claras.
Porém, confesso: sou um contumaz devorador de astrólogos à milanesa regados — é claro— à muita cerveja. Contudo, lúcido, continuo a declarar que o Amor não necessita de templos e que nunca será de pouquíssimos: pois Beethoven canta no Uirapuru!
À frente das minhas asas, dança com graça a Ilha das Águias... Lá, elas procriam... De lá, elas vigiam... De lá, vêm o início e o fim...
Eu vim... de lá! Pra profetizar, instaurar e mediar toda a forma de amar que está, ali, na estelar sala de estar e, aí, dentro do teu Amor, caro Leitor.
7 comentários:
Se realmente os Anjos existem... que cuidem de quem precisa deles...
Bom fim de semana para ti.
Obrigada pelas palavras de conforto.
Jinhos.
ILHA DAS ÁGUIAS
by Ramiro Conceição
Cantam cantos antigos
que o Mal é ardiloso
e que, sedutor, ilude a platéia
que, por ter os caninos escuros
com sangue de assassinatos cometidos,
não percebe por medo a insensatez.
Cantam sonhos longínquos
que o Mal é a raiz da culpa
que impede esta monada,
desde a tenra idade,
à iluminação, à Humanidade,
ao cuidado desta Terra única.
Cantam que tudo em nós é fruto
duma moral hipócrita e repressora
e que tudo sempre termina
num medíocre e terrível engano
colossal de templos e religiões:
uma manada de anões primatas,
bambos, prontos pra assassinar
quem ouse à alegria de duvidar.
Cantam poemas antigos
que a nossa civilização
judaico-cristã-muçulmana,
por ser estupidamente desumana,
possui a face dum quadro de Picasso:
o lado esquerdo em cisalhamento ao direito
tal qual o desespero em gritos dos ciprestes,
destorcidos, das telas de Van Gogh…
Cabe aqui uma pergunta.
Fomos, somos e seremos somente
caretas, caricaturas e canalhas
dum bando de micos amestrados?
Cabe aqui uma resposta.
Acreditem!,
por herança da evolução,
somos um milagre repleto
de coragem.
Mas coragem pra quê?!
Para cantar e permitir
a continuidade da Vida
nesta Casa bendita.
Portanto canto
e declaro claramente
que somos parte
das Consciências do Futuro,
do Passado e do Presente
em processos de passagem;
canto e declaro
claramente que a diferença
entre um Bem-te-vi e Einstein
é simplesmente a maneira
diferente do bater de asas.
O Amor é o senhor da Terra!
E não há diferença qualquer
entre a mulher, que nos braços
seus filhos queridos abraça,
e o Sol, que com nove braços
seus filhos queridos entrelaça
(Plutão não é um bastardo!).
Dizem que sou de aquário
pois ao sonhar às vezes rio,
a crer que do nosso aguadeiro
florescerá a sinfonia do Amor
que será cantada e amada
em estelares línguas claras.
Porém, confesso: sou um contumaz
devorador de astrólogos à milanesa
regados — é claro— à muita cerveja.
Contudo, lúcido, continuo a declarar
que o Amor não necessita de templos
e que nunca será de pouquíssimos:
pois Beethoven canta no Uirapuru!
À frente
das minhas asas,
dança com graça
a Ilha das Águias...
Lá,
elas procriam...
De lá,
elas vigiam...
De lá,
vêm
o início
e o fim...
Eu vim... de lá!
Pra profetizar, instaurar e mediar
toda a forma de amar que está, ali,
na estelar sala de estar e, aí,
dentro do teu Amor, caro Leitor.
E há dúvidas que existem anjos?
Eu conheço felizmente alguns, e não sejam maldosos, não são dos "anjinhos" que estou a falar :-).
Fernando,
Eu concordo pelnamente contigo. É claro que há anjos. Como já disse aqui:
http://aluaflutua.blogspot.com/2008/12/anjos-1.html
Gosto de anjos,
dos que guardam
e são guardados.
Nem me importa que não sejam [visivelmente] alados.
:)
Eu até dispenso os anjos... fico-me apenas com a música, suficiente para me dar uma boa noite.
Para ti também:))
e anjos caídos?
(não gosto de anjos papudos) rss
beijos
Eu conheço um anjo...
Boa música
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