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Um verso
Um verso. Nada mais que um verso cintinlante
contra o equilíbrio cósmico e a expansão do universo
na cauda do cometa mais errante
no coração do espaço e seu avesso
uma sílaba cantante
um verso.
Para além dos buracos negros e das linhas interestelares
um som no espaço
um eco pelos ares
um timbre um risco um traço.
Um som de um som: alquimia
de signos e sinais
não mais do que outra forma de energia
imagens espectrais
de um sol inverso
um ponto luminoso dos fractais
um verso.
Manuel Alegre
in Senhora das Tempestades
Ed. D. Quixote, 1998
_ Michael Nyman - The Claim
Fotografia - TINTA AZUL. 11.01.09
Música - YouTube - edu543
11/01/09
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5 comentários:
Vim aqui.
Sentada [como eu e tu, nessas duas cadeiras, do lado direito.
E foi: senti-me em casa...
.
[Beijo de alento para mais uma semana...@]
Querida um Ar de
Bem é preciso alento para mais uma semana!
Sentemo-nos. Cada uma em sua cadeira. Ao sol. A pôr a conversa em dia.
Beijo
Belo poema!
Que bem mostra possível
opor a todo o universo
a simples ideia
dele próprio.
:)
Precisava de usar este poema
em apoio do argumento
de que, pelo desejo,
valemos mais que
o universo.
(Se o fizer, cito a 'fonte'. :)
vbm,
a fonte é o Manuel Alegre.
Como Alegre fico eu de alguém gostar do que aqui deixo.
:)))
"alquimia
de signos e sinais..."
que mais?
beijo
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