01/10/08

ATRAVESSAR UM RIO

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No dia Nacional da Água, atravessei o Rio Douro na Barragem do Carrapatelo. Até Cinfães.
No dia que é, também, de Santa Cecília.

Trouxe rios apertados entre as margens.
Trouxe pontes que é preciso atravessar.
Trouxe sons que é urgente afinar.
Trouxe...

E, entre tanto, trouxe também

O cheiro das laranjas e das maçãs.

O som de uma música.

[
Em acordes de violinos. Memória das mãos que os faziam. De outras que os tocavam. E de outras, mais longínquas. As que ta
lvez tivessem feito com que a música corra dentro de mim. Como os rios.]

O bem querer de quem me quer bem.



Harpa e Pedra
- Emilio Cao



Imagem - Fotografia. TINTA AZUL. 1.10.08

7 comentários:

cristal disse...

O dia 1 de Outubro é dia de muita coisa. Para além das que dizes, é também dia do idoso (eu gosto mais da palavra velho). Entre outras coisas foi divulgado hoje um estudo em que se demonstra que uma parte muito significativa dos nossos velhos passa fome... Mas há o som das músicas, as cores que nos trazes ao olhar e as memórias todas que tu, aqui, nos fazes evocar para continuarmos a achar que a vida vale a pena. BJ

Tinta Azul disse...

Querida Cristal
O som que trouxe, dos violinos, é, também, para ti. Ora lê bem o que está entre parentesis.
Beijos

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Música adorável, cristalina, afinada com os ares primaveris!... Lindo o último fragmento da escrita, o trecho entre parênteses!... Poderia publicá-lo em meu blog? E no caso de permitires, como deveria identificar a autoria? Abraços alados!

Tinta Azul disse...

olá analuka,
Claro que pode publicar. Identifique com link para aluaflutua.
Volte sempre e leve o que gostar.
Abraços
:)

cristal disse...

Tinha dado pelas mãos que fizeram violinos e pelas que os tocavam...Uma das coisas que me faz bem vir olhar no "a lua flutua" é um certo olhar que me fita com a ternura que ficou para sempre na minha memória. Aliada ao canto dos pássaros, ao som dos ribeiros, ao ruido das mós, ao trote dos cavalos e ao aroma morno do um ombro de um certo sobretudo castanho onde adormeci muitas vezes... BJS

Tinta Azul disse...

Cristal,
ribeiro mansinho fez-se nos olhos depois de ler o que escreveste...
mas ontem falaram-me das mãos que faziam os violinos e não pude deixar de o dizer aqui, para ti.
Bjs

Duarte disse...

Que esse caudal, musical, nunca deixe de fluir...

Gostei e emocionei-me... belo

Um grande abraço, desde a Valência del Cid, meu