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Há momentos em que o silêncio fala pelos cotovelos. E pesa. Excessivamente. Vergam-se os corpos. O ar é atravessado por olhares paralelos e perpendiculares. Convergentes e divergentes. Todos mudos. Nos esgares dos rostos subentende-se uma enorme vontade de partir a louça e, no entanto, não se ousa, sequer, quebrar o silêncio. Os corpos torcem-se e contorcem-se. Flexíveis colunas vertebrais à prova de sismos de elevada intensidade. E o silêncio pesa. Pesa e constrange. E fala. Fala pelo cotovelos.
Imagem - Texto sobre fotografia. Tinta Azul.12.01.08
5 comentários:
é suposto não se ver além do texto?
faz sentido...
mas pode ser erro do meu pc...
Minha querida, no meu PC dá para se ver o texto e além do texto.
[E... como te compreendo!...]
Será que quem corre por gosto também cansa, quando o silêncio fala pelos cotovelos?
Acho que te entendi, mas corrige-me, se me enganei.
Bj solidário
O que acho é que quem corre por gosto também se cansa mas não se importa.
O que me cansa verdadeiramente e me importa são problemas de coluna vertebral.
Beijos
Gostei muito
fez-me lembrar de um antigo - mas valioso - pensamento onde relata sobre a veracidade do silêncio:
" o silêncio fala mais que mil palavras " e o peso desse sentimento é indescrítivel,
abraços,bom domingo para vc.
e os cotovelos formam ângulos redondos.por vezes...
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