26/06/08

PONTES

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Nem de jusante para montante.
Nem de montante para jusante.
Nem da mais antiga para a mais recente.
Nem da mais recente para a mais antiga.
Nem das de Edgar Cardoso para as de Teófilo Seyrig.
Nem das de Teófilo Seyrig para as de Edgar Cardoso.
As pontes não servem para serem ordenadas.
As pontes servem para serem atravessadas.
De cá para lá. De lá para cá.
De cima para baixo. De baixo para cima.
Em todos os sentidos.
Com todos os sentidos.
Intraponte. Interpontes.
Via de comunicação.

E o rio a correr debaixo delas.
E o rio a correr dentro de nós.
A conter-se e a transbordar.
A transbordar e a conter-se.


Imagens - Fotografias. Pontes da Arrábida, D.Luís, D. Maria, Infante, S. João. Porto. TINTA AZUL. 26.06.08



Franz Schubert - Trio nº 2, op 100

7 comentários:

Manco do Arco disse...

É só para dizer que cheguei!

Tinta Azul disse...

Pensei que era para dizer que vai andando...
:)

Pulsante disse...

Gostei...
Descobridora das pontes que todas as pontes guardam. ;)

Juani disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Juani disse...

La vida es un rio que nace
y la muerte su final.
La vida es un puente,
que todos debemos cruzar.

Me gusto mucho, feliz fin de semana
saluditos

Manuel Veiga disse...

há pontes que arquitecto algum pode desenhar. de tão subtis que são os fios...

vbm disse...

Belas, as pontes do rio da minha terra! :)